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28 de Outubro de 2010 | Notícias | Direitos humanos
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Na quarta-feira, o ex-chefe de governo espanhol José María Aznar e o ex-mandatário colombiano Álvaro Uribe receberam na Espanha o Prêmio Internacional "A porta da lembrança", concedido pelo Observatório Internacional de Vítimas do terrorismo da Fundação Universitária San Pablo-CEU. Conforme os encarregados da premiação, o galardão lhes foi concedido por "sua decidida luta contra o terrorismo e compromisso com as vítimas".
Mas a premiação não foi uma experiência grata para os ex-mandatários, já que dezenas de ativistas os estavam aguardando, com cartazes com mãos manchadas de sangue e fotos de desaparecidos na Colômbia, enquanto gritavam frases como “Uribe e Aznar, julguem ambos” ou “Aznar e Uribe, vós fascistas sois os terroristas”, conforme o jornal Nueva Tribuna.
Os manifestantes exigiam que tanto Uribe quanto Aznar fossem julgados pela Corte Penal Internacional da Haya, por ter cometido crimes contra a humanidade.
"Não podemos permitir que receba um prêmio um criminal que tem violado os Direitos Humanos", disse referindo-se a Uribe, o ativista Tom Kucharz, integrante de Ecologistas em Ação, conforme Nueva Tribuna.
Kucharz exigiu que o governo espanhol não seja "cúmplice" do ex-mandatário colombiano.
Também nesta semana, organizações defensoras dos direitos humanos na Colômbia denunciaram Uribe no Juízado de Instrução de Madri, acusando-o por ter mandando espionar membros de organizações não governamentais em território espanhol através de sua agência de inteligência, o DAS.
A demanda também atinge o ex-diretor desse organismo, Jorge Noguera -que dirigira o DAS entre 2002 e 2006- e o ex-funcionário desse mesmo orgão Germán Villalba Chávez.
Conforme os advogados encarregados de apresentar a demanda, o governo de Uribe considerou “objetivos de guerra política” às organizações da sociedade civil.
Mas esta demanda não representa um fato isolado, já que em junho passado, várias organizações colombianas e européias instaram a Eurocâmara a investigar fatos similares de espionagem de ativistas cometidos pelo DAS na Europa.
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