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1 de Junho de 2010 | |

Um firme exemplo

Com Mario Teddy, ocupante de terras em Mandiyú, Uruguai

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Depois de quatro anos de ocupar um campo pertencente ao Estado uruguaio, os integrantes da Colônia Mandiyú continuam enfrentando a indiferença oficial e no entanto recebem a solidariedade de seus pares, aos que servem de exemplo.

As quatro famílias que hoje levam adiante este estabelecimento leitero e de criação de gado sobreviviam de “biscate”, trabalhos temporários, na cada vez mais limitada safra de cana ou hortícola da cidade de Bella Unión, no extremo norte do Uruguai.

O campo em que hoje vivem e trabalham pertence ao Instituto Nacional de Colonização, entidad criada no fim da década de 40 com o objetivo de povoar o campo e redistribuir a terra entre as famílias rurais e os assalariados. No entanto, a área estava designada para um latifundista da zona que, ainda, não o utilizava, mas que o sub-alugava a vários cultivadores de arroz em grande escala que atravessam a fronteira vindos do Brasil.

A família Teddy e outros companheiros percorreram um longo caminho de pedidos, mensagens e mobilização até que em janeiro de 2006 decidiram cumprir com o lema que marcara com fogo essa zona Raúl Sendic Antonaccio de que “a terra é para quem trabalha nela”.

“En qualquer lugar do mundo, quando alguém tenta ser um pouco menos pobre se enfrenta uma quantidade de inimigos”, diz Mario Teddy ao lembrar os quatro anos de ocupação.

“Estes 380 hectares estavam em mãos de alguém que além de ter outras terras nem sequer trabalhava nelas e era devedor contumaz do sistema bancário” e mesmo assim as autoridades do Instituto rejeitaram várias vezes os pedidos das famílias sem terra.

Mario reconhece na amadurecimento político deste coletivo a influência do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil, bem como o apoio recebido de diversos núcleos sociais a sua luta pela terra.
Sobre as expectativas existentes sobre a instalação de um novo governo, Teddy fala da experiência brasileira: “governos são governos, se não há produtores pequenos que pressionem, as mudanças não vão acontecer”, conclui Mario.

Foto: http://www.santiagoflores.net/

(CC) 2010 Radio Monde Réel

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