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1 de Fevereiro de 2011 | |

Um outro campo é preciso

A Via Campesina Internacional no Fórum Social Mundial de Dacar

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A mais ampla rede de organizações camponesas em nível internacional planificou uma série de atividades nos marcos do Fórum Social Mundial a ser realizadas nos próximos dias no Senegal, reivindicando a soberania alimentar e relançando na África sua campanha contra a violência à mulher camponesa.

Uma delegação de camponeses da Vía Campesina Internacional vem realizando uma caravana que partiu de Togo e chegará a Dacar na véspera do início do Fórum Social Mundial, no próximo dia 5 de fevereiro.
“Num momento em que os preços dos alimentos aumentam e uma nova crise alimentar ameaça, a Via Campesina defenderá a soberania alimentar como solução às crises dos alimentos e do clima”, indica a organização com presença nos cinco continentes num comunicado de imprensa.

Nele acrescentam que cerca de 70 delegados de organizações camponesas da África, Ásia, Europa e as Américas se unirão neste fórum, lugar onde movimentos sociais e organizações civis debaterão sobre alternativas para um mundo melhor, aprofundando suas ideias, realizando propostas e compartilhando experiências.

A Via terá também um stand no FSM, onde estarão disponíveis publicações internacionais e que será também o punto de encontro dos membros do movimento camponês e espaço de exposição de sementes autóctones resgatadas, preservadas e multiplicadas por camponeses contrapartida da industrialização agrícola promovida por empresas transnacionais, indica a Via.

Outras das atividades da Via Campesina em Dacar tem a ver com seu trabalho em gênero. Será apresentada publicamente a campanha pelo fim da violência contra as mulheres camponesas no continente africano, campanha que, em aliança com organizações como a Marcha Mundial das Mulheres (MMM), tem mobilizado dezenas de milhares no mês de novembro, já que no dia 25 desse mês foi celebrado o Dia Mundial de Combate à Violência contra a Mulher.

Uma outra proposta da rede de camponeses e camponesas é a instalação de uma Feira Internacional da Agricultura e os Recursos Animais (FIARA), onde vão expor produtos alimentícios e sementes crioulas e debaterão aspectos cruciais da agenda global como o roubo de terras e sua relação com a crise alimentar e climática.

FIARA é um espaço dinâmico para a integração dos povos da África através dos mercados locais e de intercâmbios, indica a Via Campesina.

As ações da Via Campesina e seus aliados, como Amigos da Terra Internacional no FSM 2011 visam denunciar os impactos que produz a AGRA (sigla inglesa da Aliança para uma Revolução Verde na África). É promovida por fundações como Rockefeller e a do magnate informático Bill Gates, e promove uma agricultura com base em sementes industriais e agrotóxicos com a desculpa de combater a fome no território africano. Na verdade, conforme a Via, que reúne 200 milhões de camponeses nos cinco continentes, a AGRA “privatiza a fonte da riqueza da África, os países africanos poderiam perder a possibilidade de decidir sobre seu próprio futuro”.

Foto: www.attac.es

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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