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1 de Agosto de 2011 | Entrevistas | Anti-neoliberalismo | Direitos humanos
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“As comunidades não têm sido consultadas e não há informação veraz socializada. O Congresso toma decisões sobre os territórios dos povos garífunas sem consultar, sem brindar informação clara e oportuna sobre as cidades modelo”, disse à Rádio Mundo Real a dirigente Miriam Miranda, da Organização Fraternal Negra Hondurenha (OFRANEH).
Conforme Miriam, em nome da “modernidade” que representaria esta “cidade modelo”, é provável que cerca de 20 comunidades do povo garífuna acabem sendo desalojadas de seus territórios, o que atingiria cerca de 50 mil pessoas de comunidades da costa.
Os garífunas conheceram este risco quando nos dias 5 e 6 de maio foi realizado em San Pedro Sula um publicitado fórum empresarial, que as organizações hondurenhas rebatizaram como “o leilão de Honduras”.
Ali foi dada uma conferência o estadunidense Paul Romer, que segundo a OFRANEH é o “profeta” das cidades modelo, e que foi convidado para promover “as maravilhas que oferece a entrega de 100 quilômetros quadrados do território nacional ao capital financeiro internacional”.
Estes investimentos imobiliários seriam possíveis pela aprovação governamental das Regiões Especiais de Desenvolvimento (RED) em janeiro de 2010 e que em maio foi regulamentada constitucional.
“Como preâmbulo do leilão de Honduras está o golpe de Estado cometido em junho de 2009, o que transformou o país em um laboratório político, social e econômico como parte da ofensiva da ultra direita norte-americana para deter o avanço dos governos de corte popular que vêm acontecendo na América do Sul”, indiciou a OFRANEH em um documento.
Foto: ciepac.org
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