Nasceu com o objetivo de enfrentar o “mal governo” e as grandes empresas energéticas que buscam se apropriar dos recursos coletivos. Na primeira atividade da rede participaram vinte organizações procedentes de Campeche, Chiapas, Chihuahua, Distrito Federal, Guerrero, Oaxaca e Veracruz.

Há muito tempo as políticas que aplica a Comissão Federal de Eletricidade (CFE) vêm estando no olho da tempestade, e têm sido severamente criticadas pelas organizações sociais.

Os grupos promovedores da iniciativa têm como objetivo o fortalecimento da resistência contra as contas caras de eletricidade; a luta pelo cumprimento dos acordos de San Andrés e contra a privatização da energia elétrica, e se manifesta a independência do governo e de todos os partidos políticos.

“Reivindicamos que a energia elétrica é do povo”, acrescentam no documento.

Um dos conflitos recentes que esteve na análise das organizações fundadoras da rede registrou-se no município chiapaneco de Amatenango del Valle.

Ali, a consolidação de um movimento local de resistência civil contra os abusos nas contas provocou fortes represálias das autoridades, incluindo funcionários da CFE.

Além de que 52 comunidades foram atingidas pelos cortes de luz, registraram-se ameaças de mortes contra algumas das caras mais visíveis deste movimento.

Longe de retroceder diante destas situações, os ativistas estão dispostos a redobrar esforços e denunciar os abusos em nível nacional e internacional.

“Lembramos às grandes empresas transnacionais e seus cúmplices no governo que enfrentarão um povos consciente e preparado para o que vier agora e em 2010, ano carregado de significado para o povo do México. Mais uma vez dizemos, basta já, não passarão, seus crimes contra o povo e os recursos desta nação não ficarão impunes”, concluem no documento da apresentação da rede.