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26 de Março de 2010 | |

Com puro amor

O debate sobre a integração latino-americana

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“Se o Brasil não é solidário e não atua com amor, não há integração latino-americana possível”, diz o deputado brasileiro Doutor Rosinha, do governante Partido dos Trabalhadores (PT) desse país em representação do estado do Paraná. O papel do Brasil, que se espera que seja uma das maiores potências econômicas do mundo na metade deste século, é o mais importante para atingir a integração na região, considera o representante político.

Numa oficina realizada no dia 20 de marzo nos marcos do III Fórum Social Missões realizado em Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, Rosinha retomou palavras de um diplomático que afirma que o “Brasil tem que atuar com amor”. “É difícil para um diplomático dizer isso, porque o amor não existe em relações internacionais”, disse o deputado federal.

Perguntou o que acontecerá quando o Brasil chegue a meados do século com um Produto Bruto Interno maior ao de alguns países europeus, como está previsto. “Realizaremos a construção solidária na região ou levantaremos um muro que nos separe como fez Estados Unidos com o México?”, disse Rosinha, considerando que se o PT não vencer nas próximas eleições nacionais a integração latino-americana ficará cada vez mais longe.

Um aliado trascendental no trabalho para integração, para o deputado é a Argentina. “O Brasil tem que superar qualquer dificuldade com a Argentina. Se os dois países caminham juntos então caminha a América do Sul”, disse. “Os estados andinos têm outro comportamento econômico, o mesmo acontece com o Chile, mas todos dependem da união Argentina-Brasil, o que deve ser buscado com ênfase embora não seja fácil consolidar”, acrescentou.

Para o deputado brasileiro há vários sinais positivos no caminho rumo à integração latino-americana, depois de que a crise do modelo de desenvolvimento atual abrira a possibilidade de questionar o império estadunidense para pensar num mundo multipolar.

Rosinha disse que o Mercosul reconheceu as chamadas assimetrias entre os países, as diferenças econômicas. Afirmou que seu país coloca 70 porcento dos 100 milhões de dólares do Fundo de Convergência Estrutural, enquanto que o Paraguai coloca 1 porcento. Outra dos bons sinais no caminho rumo à integração latino-americana mencionadas por Rosinha é a criação da União de Nações Sul-americanas (UNASUR), embora reconheceu que existem dificuldades para construí-la.

Para o representante do PT, o maior desafio do Brasil hoje é como trabalhar a integração regional sem ser imperialista. Outro desafio enorme é o papel do México, América Central e o Caribe, com total dependência econômica dos Estados Unidos. “Como trabalhamos políticamente para quebrar essa dependência e garantir a integração latino-americana?”, perguntou o deputado. Perguntou também sobre o papel do Chile, que tem Tratados de Livre Comércio firmados com a União Européia e os Estados Unidos, e como seguirá evolucionando o Mercosul.

Rosinha alertou sobre o importante de que a América Latina transite políticamente um caminho diferente ao da União Européia. Ali, a esquerda lutou pela integração e pelo fim das guerras e depois de atingir seus objetivos perdeu força e a direita se afirmou. O representante do governo do Brasil destacou finalmente o papel dos movimentos sociais, os partidos políticos e toda a esquerda latino-americana nos debates sobre a integração regional.
Foto: Radio Mundo Real

(CC) 2010 Radio Monde Réel

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