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11 de Novembro de 2010 | Notícias | Indústrias extrativas
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O apoio de 50 deputados no primeiro debate e de 49 no segundo foi fundamental. A Assembleia Legislativa da Costa Rica aprovou uma reforma ao Código de Minas que proíbe novos projetos extrativos de metais a céu aberto.
É o primeiro país do continente americano que decide deter esta atividade nociva.
Neste marco, Rádio Mundo Real entrevistou Mauricio Alvares, especialista em indústrias extrativas. O ativista de Oilwatch e professor universitário mencionou que a sanção legislativa foi possível apesar de a mineradora transnacional Crucitas ter feito uma forte campanha midiática, com um custo de 7 milhões de dólares.
Alvares comentou que as corporações “não conseguiram convencer nem sequer um deputado”, e tampouco mudar a opinião da população costa-riquenha, que reflete um repúdio de 90% à instalação de uma mina a céu aberto na região limítrofe com Nicarágua.
“O cenário torna-se difícil para eles, porque agora discute-se a legalidade da concessão”, afirmou o dirigente, que considera que essa votação representa uma “excelente notícia” para a resistência às indústrias extrativas.
Lembrou que são poucos os países no mundo que proíbem a mineração (Hungria e Alemanha fizeram-no durante esta década), e mostrou-se confiante em que esta moratória servirá como exemplo para outros países.
“As comunidades devem saber que não estão pedindo algo impossível.
Existem motivos para se sentir apoiados nestas demandas”, argumentou o ativista de Oilwatch.
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