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23 de Junho de 2010 | |

Em todos os continentes

Denúncias de abusos da gigante alemã da indústria de pneus.

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LA transnacional de capitais alemães Continental é uma das patrocinadoras oficiais da Copa Mundial da FIFA na África do Sul, mas nem todos conhecem o prontuário em matéria de relações trabalhistas que tem essa empresa dedicada à produção de pneus.

Os trabalhadores de uma unidade produtora de aros na cidade mexicana de São Luis Potosí estão denunciando através de uma campanha internacional o corte de metade do pessoal, a demissão ilegal de 112 trabalhadores há quase um ano, o corte dos salários em 20% aproximadamente e a contratação de indivíduos cuja função seria amedrontar os líderes sindicais.

Também se registrou situações similares na cidade equatoriana de Cuenca, na província de Azuay, em uma unidade francesa da qual foram despedidos aproximadamente 1200 empregados.

Sem dúvidas o caso mais paradigmático corresponde à decisão da Continental de fechar unilateralmente a unidade da Companhia Hulera Euzkadi localizada no estado de Jalisco, em dezembro de 2001.

A corporação alemã demitiu naquela oportunidade 1164 trabalhadores, que logo iniciaram um conflito que incluiu denúncias do envolvimento dos governos do México e Alemanha.

A Rádio Mundo Real conversou com Jesus Torres presidente da Cooperativa Trabalhadores Democráticos do Ocidente (Tradoc), produto deste conflito, que culminou com uma emblemática experiência de controle por parte dos trabalhadores.

Torres recordou que durante todos os anos que durou a greve e a ocupação da unidade, a Continental foi apoiada pelo governo do presidente de direita Vicente Fox. A aposta pela autogestão dos trabalhadores conquistou resultados positivos e cinco anos depois da reabertura a empresa encontra-se melhor do que quando pertencia à Continental, assegura Torres.

“Estamos produzindo mais de 11 mil pneus por dia contando com 800 companheiros e temos o melhor nível salarial dentre as indústrias do ramo no México. Hoje a cooperativa é sócia majoritária da empresa e é a única indústria mexicana produtora de pneus capaz de competir com as transnacionais”, relatou.

Torres se referiu aos problemas que teve a cooperativa para obter créditos nos bancos e não tem dúvidas que foi uma experiência mal vista pelo mundo empresarial.

Mesmo depois de tais resultados a Tradoc se sente na obrigação de continuar a denúncia da violação dos direitos trabalhistas que comete a Continental em lugares como São Luís Potosí e Equador. “Os abusos continuam”, conclui o dirigente sindical.

(CC) 2010 Radio Monde Réel

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