A mobilização tinha como objetivo pedir a liberdade dos presos políticos mapuche que mantém uma greve de fome há oitenta dias, e que estão sendo julgados sob a lei anti-terrorista que se instaurou na ditadura de Augusto Pinochet.

Os manifestantes partiram da cadeia de Temuco, e têm como objetivo chegar ao Palácio da Moeda, a sede do governo que está na capital do país, Santiago do Chile.

Sua mobilização está dentro de várias ações que têm sido levadas a cabo nos últimos dias para defender os presos políticos mapuche, como a toma da sede da Organização Internacional do Trabalho (OIT) do Chile e a da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) nesse país.

As negociações sobre a situação dos prisioneiros estão estancadas devido a que o governo chileno, que conduz o direito Sebastián Piñera, não aceitou a última pedido dos porta-vozes dos grevistas, que exigiam envolver os poderes Judicial e Legislativo numa mesa de diálogo para buscar soluções às demandas dos presos.

Embora, por outro lado, a mobilização tem um objetivo mais amplo que a defesa dos direitos dos prisioneiros mapuches, já que se propõe, conforme Telesul, defender a "mãe Terra usurpada, que está gritando do mais profundo de suas entranhas, sobre a exploração, a contaminação e a desertificação a que tem sido submetida pelas grandes transnacionais da madeira, a água, a energia e os derramamentos em nossas comunidades".

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