TEPCO encontrou hoje 10 sieverts (10.000 milisieverts) por hora de radiatividade. Conforme o ministério de Ciência do Japão, se uma pessoa fosse exposta a estes níveis de radiatividade morreria em um uma ou duas semanas. As medições da empresa foram feitas na zona situada entre os reatores 1 e 2.

A companhia japonesa restringiu o acesso à área contaminada e esclareceu que as pessoas que detectaram os atuais níveis de radiatividade não estiveram expostas.

Centenas de organizações sociais nacionais e de diversos países em todo o mundo têm estado pedindo às autoridades japonesas que se reduza a quantidade de radiação considerada aceitável para a população, especialmente para crianças (de 20 a 1 milisievert por ano). Também têm pedido que sejam tomadas todas as medidas necessárias para reduzir os níveis de exposição da gente, por exemplo mediante a ampliação das zonas de exclusão.

Vários grupos organizaram no dia 11 de junho, três meses depois do acidente nuclear, uma jornada de ação global contra a geração de energia atômica.

No entanto, a resposta do governo japonês está longe de satisfazer as populações mais atingidas pelo terremoto, tsunami e posterior crise nuclear.

Recém no dia 19 de julho a população de Fukushima teve a oportunidade de comparecer a uma reunião com autoridades do governo central. Integrantes do Centro de Medidas contra Desastres Nucleares reuniram-se com cidadãos locais. Os habitantes de Fukushima pediram ao governo que apoie a evacuação daquelas famílias que queiram mais segurança, e que lhes forneça apoio financeiro e logístico.

Os cidadãos, muito preocupados por sua saúde e principalmente pela dos menores, levaram amostras de urina de crianças para que o governo as examine. As demandas dos habitantes de Fukushima foram desatendidas pela delegação oficial, que optou por abandonar a reunião apesar das reclamações dos cidadãos.

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